O governo do Rio Grande do Sul afirmou, por meio de nota divulgada na noite dessa quinta-feira (10), que a venda de ações do Banrisul "foram conduzidas de modo transparente" e "obedecendo a todas as regras determinadas pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e a legislação aplicável".
Na semana passada, o banco teve de se explicar para a B3 e a CVM sobre a oferta de papéis em duas operações realizadas em abril. A venda de 2,9 milhões de ações ordinárias no dia 27 de abril, pertences ao capital acionário do Estado, não foi comunicada previamente.
A B3 e da CVM cobraram esclarecimentos do banco sobre a venda mais recente diante da "oscilações registradas com as ações de emissão da empresa, número de negócios e quantidade negociada". Na ocasião, o governo disse que era inverídica a informação de que "apenas um comprador levou 70% das ações ofertadas".
A alienação total somou 26 milhões de ações preferenciais (em 10 de abril) e 2,9 milhões de ações ordinárias (em 27 de abril). A negociação rendeu ao governo R$ 532,4 milhões (R$ 489,7 milhões ingressaram nos cofres em abril e R$ 52 milhões, em maio), conforme o Portal da Transparência do Estado.
Na nota divulgada ontem, o governo voltou afirmar que as negociações "preservam o interesse público do Rio Grande do Sul e consolidam a posição do banco no mercado". "Assim como ocorreu até aqui, o governo do Estado continuará observando todas as regras técnicas e fornecendo todas as informações necessárias aos órgãos de controle", finaliza a nota.