Em desenvolvimento, solução se chama Go Shower

Pessoas poderão alugar seus chuveiros para ciclistas e ganhar dinheiro com app criado em Porto Alegre


Em desenvolvimento, solução se chama Go Shower

Quantas pessoas você conhece que gostam de se exercitar, mas que não incluem seus hábitos na rotina por conta da falta de praticidade? Você iria para o trabalho, reunião, evento, de bicicleta se tivesse como tomar um banho antes de chegar?
Quantas pessoas você conhece que gostam de se exercitar, mas que não incluem seus hábitos na rotina por conta da falta de praticidade? Você iria para o trabalho, reunião, evento, de bicicleta se tivesse como tomar um banho antes de chegar?
Essa é a proposta do Go Shower, app em desenvolvimento em Porto Alegre, que pretende unir pessoas dispostas a “alugar” seus chuveiros por um preço módico para ciclistas tomarem banho, em diferentes pontos da cidade. Além dos carros compartilhados (Uber) e das casas (Airbnb), chegou a vez dos chuveiros.
“Nosso propósito vai além do produto em si, mas em ajudar na cultura da mobilidade urbana, para que pessoas possam realmente pô-la em prática dentro da vida, ir ao trabalho, visitar alguém”, ilustra Mateus Wainstein, 31 anos, um dos fundadores da startup.
MARCELO G. RIBEIRO/JC
“Não sou eu que vou dizer para a pessoa quanto vale ela abrir a sua casa”, aponta o idealizador do Go Shower, Marcelo Barboza, 32. Na plataforma, o anfitrião estipula o preço que quer cobrar por 10 a 15 minutos de banho e informa as agendas de dias e horários disponíveis. Inicialmente, o ciclista prevê onde irá precisar do chuveiro e contrata mediante reserva.
A ideia é que, após o Mínimo Produto Viável (MVP) for testado, o funcionamento seja como nos aplicativos de carros: quando o usuário necessitar do serviço, abre o app e vê quem perto dele está disponível naquele exato momento. A empresa fica com 25% do valor cobrado.
No sábado, dia 14 de abril, acontece o primeiro evento de divulgação da marca, no Dale Bici Bar, popular entre ciclistas do Portinho, na avenida Venâncio Aires, nº 588, bairro Cidade Baixa.
O maior desafio da startup, segundo Marcelo, é colocar na cabeça das pessoas de que essa troca é perfeitamente possível, a exemplo dos apps em que se usufrui de bens sem possuí-los. Para tanto, as medidas de segurança seguem a mesma linha dos demais aplicativos: avaliações e fotos. Assim que estiver na rua cumprindo sua fase de testes, pode-se agregar mais condições.
O insight surgiu porque Marcelo é corredor e usuário de carro. Após fazer um MBA em Marketing e perceber o galope com que os negócios se transformam hoje em dia, pensou que não podia passar a vida só reclamando do trânsito. “Eu poderia muito bem fazer trajetos correndo”, explica ele. Não por acaso, os planos futuros do Go Shower englobam uma ramificação de necessidades que um chuveiro à disposição pode sanar, não somente para ciclistas. Além da dupla, a empresa tem outros três fundadores, Lucas Conceição, Samuel Souza e Nicolas Becker.
A fase de testes iniciará, estima-se, assim que a plataforma angariar cerca de 50 anfitriões, nos bairros Moinhos de Vento, Cidade Baixa, Centro, Centro Histórico, Bom Fim, Santana, Menino Deus, Rio Branco, Independência, Azenha e Auxiliadora. O site já está aberto para quem tiver interesse em participar.
“É uma proposta escalável. Para que no futuro haja diversos showerpoints na cidade”, alinhava Mateus.
MARCELO G. RIBEIRO/JC

Repercussão que traz resultados

A notícia acima foi veiculada no site do GeraçãoE (www.geracaoe.com) com exclusividade, no dia 13 de abril. A partir da novidade, outros veículos de comunicação repercutiram a história dos empreendedores, como o site da revista Veja e Rede Record. Como nossa conversa havia sido a primeira entrevista dos guris e o aplicativo está em desenvolvimento, vários pontos ainda estavam incipientes. Com a repercussão, em questão de dias, muitas informações progrediram. Uma delas foi o aporte de R$ 800 mil de aceleração captados após a exposição midiática. “Já tínhamos falado com alguns investidores. Quando explodiu na mídia, as conversas evoluíram. Gerou credibilidade”, conta Marcelo Barboza. Outro salto foi o interesse de 450 pessoas em usar a plataforma, num intervalo de três dias, e a previsão para julho para chegada em São Paulo.