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Política

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2018 às 20:00

Doria pede prévias em março e sinaliza candidatura a governador

Doria quer antecipar data para decisão sair antes do prazo de deve deixar cargo em São Paulo

Doria quer antecipar data para decisão sair antes do prazo de deve deixar cargo em São Paulo


EVARISTO SA/AFP/JC
O prefeito de São Paulo, João Doria, pediu que o PSDB antecipe a realização de prévias que vão escolher o candidato do partido ao governo paulista. Ele pediu à direção do partido que essa votação ocorra em março - antes da data em que ele precisaria deixar o cargo para se candidatar nas eleições deste ano. A articulação de Doria e seus aliados é mais um sinal de que o prefeito deve renunciar para se candidatar a governador. Publicamente, porém, ele diz que "ainda" não é o momento de tomar essa decisão.
O prefeito de São Paulo, João Doria, pediu que o PSDB antecipe a realização de prévias que vão escolher o candidato do partido ao governo paulista. Ele pediu à direção do partido que essa votação ocorra em março - antes da data em que ele precisaria deixar o cargo para se candidatar nas eleições deste ano. A articulação de Doria e seus aliados é mais um sinal de que o prefeito deve renunciar para se candidatar a governador. Publicamente, porém, ele diz que "ainda" não é o momento de tomar essa decisão.
Uma ala da cúpula do PSDB pretendia realizar as prévias para o governo paulista depois do fim do prazo de desincompatibilização, em 7 de abril. Esse grupo quer "segurar" Doria na prefeitura, para levar o PSDB a apoiar a candidatura do atual vice-governador paulista, Marcio França (PSB). O objetivo é negociar essa aliança em troca da ampliação da coligação de Geraldo Alckmin na disputa pelo Palácio do Planalto.
Em reunião da cúpula do PSDB, nesta quarta-feira (7), deputados paulistas e o próprio Doria cobraram a realização das prévias estaduais na mesma data da votação que vai definir o candidato da sigla a presidente, no início de março. "Quando mais cedo, melhor. Assim, você estabelece claramente suas alianças e pode organizar melhor a campanha", disse o prefeito, acrescentando que sua participação nessas prévias "não está em discussão".
A data da escolha do candidato será definida pelo diretório do PSDB em São Paulo em reunião marcada para o dia 19 de fevereiro. Além do prefeito, o ex-senador José Aníbal, o secretário de Desenvolvimento Social paulista, Floriano Pesaro, e o cientista político Luiz Felipe d'Avila já anunciaram disposição em disputar o governo pelo PSDB. A direção do PSDB começou a definir também o formato da votação que vai escolher o candidato do partido à Presidência da República. A disputa deve acontecer entre Alckmin e o prefeito de Manaus, Arthur Virgilio.
Uma comissão vai analisar nas próximas 24 horas as regras propostas pela direção do PSDB. Virgilio discorda de parte das sugestões feitas pelo grupo de Alckmin, principalmente em relação à data da votação. Alckmin quer as prévias em 4 de março e Virgilio sugere o dia 11. O prefeito de Manaus também quer realizar uma série de debates entre os dois, em diferentes regiões do país. Alckmin propôs um único debate, no dia 1º de março, com transmissão pelo site do partido.
A proposta de resolução que disciplina as prévias prevê que os pré-candidatos a presidente devem se inscrever na disputa interna até o dia 23 de fevereiro, com assinaturas de apoio de um quinto dos deputados, senadores ou de integrantes do diretório nacional do partido.
Doria aproveitou a agenda partidária para conversar com aliados em Brasília. Após a reunião da executiva da legenda, almoçou com aliados e depois visitou o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Ele comentou a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de apoio à candidatura do apresentador de TV Luciano Huck.
"Eu compreendo o Fernando Henrique e não acredito que ele faça isso para diminuir Alckmin", disse. Questionado pela reportagem sobre se há espaço para uma candidatura de Huck no atual cenário, ele disse que o contexto eleitoral será semelhante ao de 2016, quando ele venceu a disputa pela Prefeitura de São Paulo como um candidato novo na política. "Não basta ser outsider, é preciso ter propostas", disse. "Um outsider é bem-vindo, mas é preciso ter propostas claras e ter apoio partidário", declarou.
Folhapress
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