Centros culturais terão atividades para todos os tipos de públicos

Desde 2016, a Fundação Iberê Camargo busca enfrentar as dificuldades econômicas. Neste ano, a instituição implantou um projeto de reestruturação, com um reposicionamento de programação e governança, tornando-se mais aberta e inclusiva, em diálogo com os diversos públicos e campos do conhecimento.

Na programação, a fundação deixou de ser apenas um espaço expositivo/museu para se tornar um centro cultural que busca estabelecer novas dinâmicas de convivência, ensino e trabalho. Uma instituição propositiva, capaz de produzir conteúdo e conhecimento em parceria com distintos agentes culturais.

Estão previstas, por enquanto, oito exposições; 48 edições do Cine Iberê; seis seminários; 96 edições do Música ao Por do Sol; sete convidados para o Ateliê de Gravura; seis seminários; e 15 performances; entre outras atividades.

Entre as mostras, destaque para Carlos Pasquetti, um dos mais relevantes artistas do Estado, criador de um mundo ficcional particular e referência para distintas gerações. Suas obras se situam entre a pintura e a tridimensionalidade, a escultura e a instalação.

A instituição também criou uma campanha de arrecadação de fundos para incentivar a comunidade a contribuir com a manutenção de suas atividades. Qualquer pessoa pode ajudar. Informações a respeito pelo e-mail [email protected].

Em janeiro, o Instituto Ling oferece os cursos de verão, com mais de 10 atividades de curta duração, nas áreas de gastronomia, literatura, história e arte. Entre os cursos de verão voltados à área cultural estão Grandes cantores do Jazz, com Paulo Moreira; O amor na Mitologia Grega, com Cláudio Moreno; e A obra de Gabriel Garcia Márquez; com o professor Sergius Gonzaga.

Nas artes, estão previstas exposições de artistas brasileiros modernos contemporâneos. A primeira delas é de Laura Vinci, com curadoria de Virginia H. A. Aita. Em agosto, o espaço irá receber uma exposição de Walmor Corrêa, composta de uma ocupação inédita de obras do artista brasileiro na galeria do centro cultural, com curadoria de Paulo Myada.

Os destaques literários ficam por conta de três eventos. O primeiro deles, Bloomsday, promoverá o caráter vanguardista de James Joyce e de sua mais reconhecida obra literária, Ulisses. O Sarau Cultural, por sua vez, promove encontros com intelectuais, pesquisadores, artistas e especialistas de diferentes áreas para falar sobre temas da atualidade e do cotidiano. Já o evento Poesia no Ling reúne mensalmente professores de diferentes áreas da literatura para discutir obras de autores no gênero da poesia.

A programação musical do Instituto Ling traz, para além dos shows, audições comentadas de jazz, que consistem em aulas de história a partir da trajetória dos principais nomes desse gênero musical, apresentada pelo jornalista Paulo Moreira, produtor e locutor do programa Sessão Jazz da FM Cultura. A dança estará presente na Oficina Diversos Corpos Dançantes; e a sétima arte ganha seu espaço com o projeto Meu Filme Favorito, que exibirá filmes antigos seguidos por bate-papos com convidados e mediação do crítico de cinema Roger Lerina.

Para 2018, a agenda do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) prevê mais de 20 exposições. O ano começa com trabalhos que foram expostos ainda em 2017, como Terramarear, de Maristela Salvatori; Risco e ar, de Bianca Santini; e Jorge Aguiar 4.2 Uma vida na fotografia documental, de Jorge Aguiar.

Mas, a partir de 6 de fevereiro, as obras do fotógrafo brasileiro Christian Jung já poderão ser conferidas nas Salas Negras do Museu. Ainda na fotografia, acontece a segunda edição da exposição Múltiplos olhares, que contará com curadoria do arquiteto e artista visual Fábio André Rheinheimer.

Entre as grandes exposições para o próximo ano, se destaca a mostra Paisagens brasileiras, que contará com um acervo de obras do Museu Nacional de Belas Artes e que tem previsão de inauguração em julho nas Pinacotecas do Museu.

Promovida em parceria com o Instituto Goethe, de setembro a novembro, o Margs exibe a exposição Ra Reloaded, com obras diretamente da Alemanha. Uma das maiores exposições previstas é a Bienal do Mercosul, que começa na segunda quinzena de março e vai até a metade de junho.

Dos gaúchos que ganham espaço na programação, os artistas Arlete Santarosa, Neca Sparta, Denise Haesbaert, Elle de Bernardin, André Venzon, Ricardo Juliani e Gilberto Perin, entre outros.

Para o início de 2018, a programação do Santander Cultural dá destaque ao cinema e à música. A partir de 9 de janeiro, a mostra Sessão da tarde traz uma seleção de filmes que foram sucessos de público e de crítica e que se tornaram cultuados pelos cinéfilos.

Entre os títulos, em sua maioria norte-americanos, clássicos como Jamaica abaixo de zero; Nós somos os campeões; Convenção das bruxas; O jardim secreto; e Em algum lugar do passado.

As atrações musicais ficam por conta de Marcos Valle, um dos grandes nomes da bossa nova e da MPB, que se apresenta no Santander no dia 31 de janeiro. Em 28 de fevereiro, a programação traz um show inédito com os três principais nomes do violão de 7 cordas do Brasil atualmente: João Camareiro, Alessandro Penezzi e Rogério Caetano.

Nas artes visuais, também o destaque é a programação da Bienal do Mercosul, que ocupa o centro cultural em abril. Mais informações sobre a agenda de 2018 serão divulgadas em breve pelo Santander.