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turismo

- Publicada em 01 de Maio de 2017 às 21:56

Volatilidade exige mais planejamento em viagens

Pode-se dizer que existem dois pilares básicos para planejar a parte financeira de uma viagem ao exterior quando o assunto é a forma de levar as reservas econômicas feitas: opte por um mix que inclua uma parcela em dinheiro em espécie e outra em cartões, e compre moeda estrangeira aos poucos. Para quem já tem viagem prevista para as duas próximas grandes temporadas (férias de inverno deste ano e de verão 2017/2018), a recomendação dos especialistas é começar a comprar dólares ou euros (conforme o destino) desde já. Primeiro, porque o real andou se valorizando desde o início do ano. Segundo, porque não se sabe até quando isso vai durar.
Pode-se dizer que existem dois pilares básicos para planejar a parte financeira de uma viagem ao exterior quando o assunto é a forma de levar as reservas econômicas feitas: opte por um mix que inclua uma parcela em dinheiro em espécie e outra em cartões, e compre moeda estrangeira aos poucos. Para quem já tem viagem prevista para as duas próximas grandes temporadas (férias de inverno deste ano e de verão 2017/2018), a recomendação dos especialistas é começar a comprar dólares ou euros (conforme o destino) desde já. Primeiro, porque o real andou se valorizando desde o início do ano. Segundo, porque não se sabe até quando isso vai durar.
Atualmente, a volatilidade no câmbio no Brasil é enorme, e por mais de um motivo, o que aumenta as chances de altas e baixas fora do previsto. Ou seja, as atuais cotações têm praticamente a mesma probabilidade de cair ou subir em curto prazo. O Banco Central prevê que o dólar alcance o final do ano em torno de R$ 3,50, atualmente está em torno de R$ 3,20 e, no início do ano, próximo a R$ 3,40.
"Tudo pode mudar de um dia para o outro, em razão de reformas políticas e econômicas aprovadas ou não, e mesmo com o andamento da Operação Lava Jato", alerta o economista e um dos editor do site Melhores Destinos Leonardo Cassol, que já acumula mais de 40 destinos internacionais carimbados no passaporte.
Os três modelos mais comuns consistem em o turista carregar dólares e/ou euros em notas (no mínimo, para as primeiras despesas, como transporte na chegada ao destino), ter um cartão de crédito internacional (sabendo que para cada compra será acrescido 6,38% na fatura, pelo IOF) e cartão pré-pago (que pode ser abastecido aos poucos, nos meses que antecedem a viagem, e fora do Brasil são usados para fazer saques na moeda local de onde se estiver). Outra opção, ainda pouco conhecida de muitos viajantes, alerta Cassol, é uma boa alternativa para quem tem os chamados cartões múltiplos oferecidos por alguns bancos. Eles permitem fazer saques no exterior com recursos que estão na conta do cliente, ao câmbio do dia.
"Já utilizei esse serviço. É uma boa alternativa, e o saque pode ser feito em inúmeros caixas eletrônicos. Antes de viajar, o cliente só precisa desbloquear o serviço do mesmo jeito que faz com o cartão de crédito. Para quem tem medo de não conseguir ou ter problemas lá fora, vale lembrar que a maioria deles tem serviços de atendimento telefônico internacional, em língua portuguesa também", explica Cassol.
Anteriormente isento, o cartão pré-pago também começou a ser tarifado com IOF. Mas, apesar desta perda de competitividade, o serviço ainda é apontado como o meio mais seguro e de maior controle de gastos. Superintendente executivo da Unidade de Câmbio do Banrisul, Verno Luiz Kirst recomenda levar o equivalente a 20% do total previsto para gastos em espécie, e diz que colocar na ponta do lápis vantagens e desvantagens, custos de conversão, taxas e impostos é a melhor forma de decidir caso a caso.
"Para mim, o maior problema do cartão de crédito é o descontrole, com os riscos de uma alta inesperada do dólar. A pessoa corre risco de gastar mais do que pode. Mas é uma opção que precisa ser levada na mala. Apesar de o cartão ter IOF, vale lembrar que a cotação cobrada normalmente é abaixo do turismo e credita milhas que posteriormente podem ser trocadas por passagens. E na compra da moeda em espécie haverá uma taxa cobrada e imposto, que também devem entrar no cálculo", diz o executivo.
Na pesquisa pela melhor cotação (outra recomendação geral é a pesquisa), Cassol e a sócia e editora do site Quanto Custa Viajar, Amanda Santiago, apontam o mesmo caminho. "Há bons sites e aplicativos de celular que ajudam nesta pesquisa. Um deles é o melhorcambio.com", recomenda Amanda. Cassol lembra ainda que, nestes sites, ocorre uma espécie de "leilão de câmbio" e há margem para negociação.
"Para baixar a taxa ou a cotação, o usuário precisa comprar uma quantidade um pouco maior, não pode ser US$ 100 ou US$ 200, por exemplo", explica Cassol, lembrando que algumas casas de câmbio até ligam oferecendo vantagens quando a aquisição é de um volume maior.

As três principais formas de levar dinheiro e pagar as contas em uma viAgem internacional

Cartão de crédito internacional está sujeito à variação do dólar

Cartão de crédito internacional está sujeito à variação do dólar


/STOCKMONKEYS.COM VIA VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Dinheiro em espécie
Ajuda no planejamento, permite aquisição aos poucos e evita impostos, mas é a modalidade mais arriscada no sentido de segurança. Vale lembrar que, mesmo que a pessoa não ande carregando a quantia, sempre existe um risco de deixar o dinheiro na mala - que, mesmo ficando no hotel, pode ser aberta. Mas é fundamental carregar notas, de preferência também de pequeno valor, para pequenos gastos iniciais, como carrinho de bagagens e para o transporte. Caso decida levar um valor maior, evite ao máximo a troca em casas de câmbios de aeroportos, onde a cotação sempre é pior para quem troca. Basicamente, de for aos Estados Unidos, compre dólar, claro. Se for à Europa, o melhor é o euro. Mas em outros destinos, como Argentina? O melhor é levar reais mesmo. Se for comprar dólar no Brasil para trocar em pesos lá fora, o turista estará arcando com duas taxas de câmbio. O mesmo vale para o Uruguai. Em outros destinos latinos, euro e dólar são as alternativas mais recomendadas. Para o Reino Unido, compre direto a moeda local (libras), assim como para o Canadá (dólares canadenses). Apesar de inferior ao cobrado nos cartões, também há IOF na compra de moeda estrangeira em espécie, mas de apenas 1,1%.
Travel
money
É similar a um cartão de débito, mas paga IOF de 6,38%, assim como o cartão de crédito, e cobra uma taxa fixa por saque. Uma das dicas dos especialistas para economizar um pouco é fazer saques para uma semana, por exemplo, no lugar de várias vezes e pequenas quantias. Permitem o saque em caixas eletrônicos, podem ser recarregados ao poucos e até mesmo pela internet. Outra vantagem é que podem incluir depósitos vinculados a mais de uma moeda no mesmo cartão, o que é ótimo para quem viaja por vários países. No quesito segurança, outro grande benefício: em caso de roubo, furto ou perda, as empresas prometem reposição rápida, recuperando o valor que havia nele.
Cartão de crédito
internacional
O cartão de crédito precisa ser bastante controlado, mas permite que o viajante pague algumas contas só depois, aproveitando ainda a possível desvalorização da moeda estrangeira até a data de pagamento da fatura. Além de ser uma opção segura, pode ter uma taxa mais vantajosa do que os cartões pré-pagos, mesmo com o IOF de 6,38%. Como desvantagem, a reposição pode ser demorada em caso de perda, furto ou roubo, o limite poder ser um tanto baixo, além de a taxa da moeda poder variar tanto para menos quanto para mais até o fechamento da fatura.
Para Argentina e Uruguai, atualmente, há uma vantagem extra a quem pagar no cartão de crédito: a devolução de parte dos impostos incluídos no valor da hotelaria. Isso serve tanto para estimular o turismo quanto para o governo ter um melhor controle fiscal sobre o setor. Mas preste atenção às regras e tempo de validade das campanhas, que costumam ser temporárias. Em alguns casos, incluem restaurantes e lojas.
Fontes: Quanto Custa Viajar (Amanda Santiago), Melhores Destinos (Leonardo Cassol) e Unidade de Câmbio do Banrisul (Verno Luiz Kirst)