Mauro Belo Schneider

A gaúcha Dufrio completa duas décadas neste ano, com 15 filiais pelo País e um diretor de 26 anos

O desafio de dar continuidade a uma grande empresa

Mauro Belo Schneider

A gaúcha Dufrio completa duas décadas neste ano, com 15 filiais pelo País e um diretor de 26 anos

Guillermo Zanon, 26 anos, tem a responsabilidade de garantir vida longa à Dufrio, principal distribuidora de condicionadores de ar LG do Brasil. A empresa, fundada em 1997 pelos seus pais, Silvana, 59, e Dagoberto, 60, tem 300 funcionários só na unidade gaúcha, na rua Voluntários da Pátria. No País todo, são 1,2 mil. Os números encorpados, inclusive de faturamento, não assustam o jovem, formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). "Humildade e embasamento foi o jeito que achei para conquistar meu espaço", considera.
Guillermo Zanon, 26 anos, tem a responsabilidade de garantir vida longa à Dufrio, principal distribuidora de condicionadores de ar LG do Brasil. A empresa, fundada em 1997 pelos seus pais, Silvana, 59, e Dagoberto, 60, tem 300 funcionários só na unidade gaúcha, na rua Voluntários da Pátria. No País todo, são 1,2 mil. Os números encorpados, inclusive de faturamento, não assustam o jovem, formado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs). "Humildade e embasamento foi o jeito que achei para conquistar meu espaço", considera.
A questão da conquista de espaço é, em algumas empresas familiares, um tabu. Há quem pense que o simples fato de ser filho do dono pode abrir portas. No caso de Guillermo, no entanto, isso vem sendo tratado desde a adolescência.
Ele começou a trabalhar na Dufrio aos 16 anos de idade. Antes disso, ainda como criança, frequentava o ambiente profissional da família após a escola, quando o estoque era cenário para brincadeiras. Atualmente, Guillermo tem a função de diretor de compras, responsável por abastecer as 15 filiais, entre atacados e distribuidoras. Sua primeira atribuição foi no controle de notas fiscais.
Há funcionários que atuam na Dufrio desde a sua abertura, há 20 anos. Guillermo considera importante essa troca de conhecimento entre gerações, mas enxerga a relevância de seu papel. "Não abri mão das ideias que eu tinha", ressalta. E, se há algum conflito, o bom senso, segundo ele, deve prevalecer. "É importante que exista respeito entre o fundador e o sucessor. Jamais vai haver pessoas iguais", destaca.
O pai, Dagoberto, diz ter criado a Dufrio para ter qualidade de vida. Poder trabalhar com um dos filhos, então, é algo que, para ele, não tem preço. "Somos a segunda maior empresa do Brasil no nosso ramo, mas se não tiver sangue jovem, começa a morrer", avalia.
O empresário vê como positiva, inclusive, a oscilação de experiências. "Ele não viveu a inflação que eu vivi, de 80% ao mês", compara. A respeito da influência sobre a decisão do garoto de assumir os rumos da empresa, Dagoberto comenta que a liberdade prevaleceu.
"Foi um desejo dele desde criança. Só fiz o papel de ceder o espaço", coloca.
A matriz, na capital do Rio Grande do Sul, tem 25 mil m² e possui cerca de 15 mil SKUs (Stock Keeping Unit), ou seja, tipos de itens. Além das representações, a Dufrio tem peças de marca própria, a Dugold. Ao todo, em território nacional, são mais de 100 mil m² de estoque. O objetivo de Guillermo, cujos esforços profissionais sempre foram para a Dufrio, é fortificar o negócio da família. Que para ele, aliás, é a extensão de casa. 
Entrevista sobre sucessão na Dufrio, com os proprietários Adalberto e Guillermo Zanon.
Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

Mauro Belo Schneider

Mauro Belo Schneider - editor do GeraçãoE

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