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Economia

- Publicada em 13 de Outubro de 2016 às 23:17

Lojistas reclamam de intransigência de shopping

Preços de aluguéis e do estacionamento no local são alvo de críticas

Preços de aluguéis e do estacionamento no local são alvo de críticas


DARIO ZALIS/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Insatisfeitos com a administração do shopping, referente a preços dos aluguéis dos pontos e do estacionamento, lojistas do BarraShoppingSul buscaram o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA). O encontro da entidade que representa os lojistas com a superintendência do shopping está marcado para a próxima quarta-feira.
Insatisfeitos com a administração do shopping, referente a preços dos aluguéis dos pontos e do estacionamento, lojistas do BarraShoppingSul buscaram o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA). O encontro da entidade que representa os lojistas com a superintendência do shopping está marcado para a próxima quarta-feira.
Procurada por um grupo de cerca de 10 lojistas do empreendimento, a vice-presidente da relações com o mercado da CDL-POA, Nilva Bellenvier, afirma que a entidade irá propor que sejam reduzidos os preços dos aluguéis por cerca de um ano, na esperança de que a crise econômica seja vencida neste período. "O movimento do BarraShoppingSul vem diminuindo gradativamente, assim como nos demais centros de compras, e o valor do aluguel neste empreendimento chega a ser até 50% mais caro que nos demais", argumenta Nilva. "Neste momento, o ideal é que os representantes do shopping fossem solidários com seus clientes, e abrissem a possibilidade de dar um desconto para quem está com dificuldade de pagar."
A CDL-POA também irá propor que o shopping estude a possibilidade de diminuir o valor do estacionamento, atualmente em R$ 9,00, "pelo menos em determinados horários e dias da semana". "Com isso, talvez aumente o número de pessoas que visitem o local para almoçar. É uma maneira de levar fluxo para dentro do empreendimento." Segundo Nilva, a CDL-POA vem recebendo reclamações constantes por parte de lojistas, que alegam dificuldades para negociar com os representantes do empreendimento, especialmente, quanto ao valor dos aluguéis. "Também iremos pedir uma maior transparência nos gastos de condomínio e área de ocupação do local", informa Nilva.
Os relatos são de que algumas operações já cogitam fechar as portas devido às dificuldades financeiras. "Estamos falando de lojistas com mais de 50 a 60 anos de mercado, não se trata de aventureiros", destaca um empresário do mercado de luxo, que aluga ponto no BarraShoppingSul. Ele afirma que já procurou a superintendência por mais de 15 vezes desde o início de 2015, em busca de uma renegociação. "O fluxo é surreal, vem muito pouca gente, se formos comparar com os outros shoppings da Capital.
O BarraShoppingSul deveria fazer alguma campanha para aumentar a visitação", reclama. De acordo com o empresário, a superintendência do espaço não aceita fazer revisão contratual, mas sugere que os lojistas mudem para pontos mais baratos. "No entanto, cada ponto custa em torno de R$ 300 mil a R$ 400 mil. Ainda que a transição seja facilitada para quem já está no empreendimento, abrir um novo ponto requer outros investimentos, e aí estamos falando de pelo menos uns R$ 200 mil, o que é inviável neste cenário."
De acordo com a dirigente da CDL-POA, a situação "está tão complicada que os varejistas observam grandes redes - como HStern, Daslu, Marisa, C&A, Gap, Sony e Casa das Alianças, entre outras - fecharem suas lojas naquele shopping". "No entanto, ao ser demandado, o empreendimento tenta denegrir a imagem dos lojistas, afirmando que se não há equilíbrio financeiro é por incompetência da gestão, inclusive fazendo comparações com outros que estão indo bem", afirma Nilva. "Nunca tivemos problemas com a superintendência do BarraShoppingSul", contrapõe o diretor de Operações da Daslu (uma das empresas que fechou as portas no empreendimento), Eduardo Duarte. No entanto, ele admite que a Daslu deixou o shopping pela baixa a rentabilidade da loja. "Mas sempre tivemos uma excelente relação com o shopping, de alto nível", pondera. Procurada, a superintendência do BarraShoppingSul preferiu não se manifestar antes da audiência do dia 19.
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