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Economia

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2018 às 08:56

Projeção para IPCA de 2018 no cenário de mercado está em 4,2%, diz ata do Copom

Agência Estado
A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã desta quinta-feira (15) indicou que a projeção para o IPCA de 2018 no cenário de mercado está em 4,2%. A projeção para 2019 também é de 4,2%.
A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã desta quinta-feira (15) indicou que a projeção para o IPCA de 2018 no cenário de mercado está em 4,2%. A projeção para 2019 também é de 4,2%.
Estes são os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada, quando a Selic (a taxa básica de juros) foi cortada em 0,25 ponto porcentual, de 7,00% para 6,75% ao ano. Foi a 11ª redução consecutiva da taxa, para o menor patamar da história. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro, as projeções também estavam em 4,2% para 2018 e 2019.
As projeções do cenário de mercado levam em conta taxas de juros e câmbio variáveis, apuradas pela pesquisa Focus do BC. Nos últimos meses, a instituição tem dado maior ênfase justamente às projeções do cenário de mercado. Na visão do BC, o cenário de referência, que utiliza juros e câmbio fixos, teria perdido relevância. Na ata divulgada nesta quinta, assim como nas anteriores, o BC não informou as projeções do cenário de referência.
No caso do cenário de mercado, as projeções indicam que o BC caminha para o cumprimento da meta de inflação em 2018. Isso porque o centro da meta para este ano é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). No caso de 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,75% a 5,75%).
No Relatório de Mercado Focus publicado nesta quarta-feira (14) as instituições financeiras projetaram inflação de 3,84% em 2018 e 4,25% em 2019.
Na semana passada, ao reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 6,75% ao ano, o BC indicou a intenção de, na reunião de março, caso o cenário evolua como esperado, interromper o processo de cortes da taxa básica. No entanto, caso haja mudanças na evolução no cenário básico e no balanço de riscos, pode ocorrer um corte adicional no próximo encontro do Copom.

Cenário e estágio do ciclo tornaram adequado corte da Selic em fevereiro

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmou na ata do encontro da semana passada que a evolução de seu cenário básico, em linha com o esperado, e o estágio do ciclo de cortes tornaram adequada a redução da Selic (a taxa básica de juros) em 0,25 ponto porcentual, de 7,00% para 6,75% ao ano.
A ideia já constava no comunicado da decisão, divulgado na quarta-feira passada (7). Na ata, o Copom também voltou a sinalizar a tendência de, no encontro de 20 e 21 de março, manter a Selic no patamar de 6,75% ao ano.
"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, o Comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária", registrou o BC.
Ao mesmo tempo, o colegiado deixou aberta a possibilidade de promover mais um corte, de 025 ponto porcentual, se as condições permitirem. "Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar a uma flexibilização monetária moderada adicional, caso haja mudanças na evolução do cenário básico e do balanço de riscos", informou o BC. Na prática, a instituição observa com atenção o andamento da reforma da Previdência no Congresso e a evolução dos índices de inflação.
A instituição repetiu ainda, na ata desta quinta-feira, que "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".
No documento, a instituição também voltou a enfatizar que "o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da taxa de juros estrutural" - aquela em que, na teoria, há crescimento sem inflação. "As estimativas dessa taxa serão continuamente reavaliadas pelo Comitê", informou a ata.
"O Copom entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural", disse ainda o BC.
Em outro ponto, a instituição repetiu a ideia, que constava no comunicado do Copom, de que o corte de 0,25 ponto porcentual da Selic na semana passada é "compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2018 e, com peso maior e gradualmente crescente, de 2019".
O Banco Central voltou a afirmar por meio da ata que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco "em ambas as direções". Por um lado, conforme o BC, "a combinação de possíveis efeitos secundários do choque favorável nos preços dos alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos e da possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado".
Por outro lado, o BC afirma que uma "frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória de inflação no horizonte relevante para a política monetária".
De acordo com o BC, este risco ligado ao andamento das reformas "se intensifica no caso de reversão do corrente cenário externo favorável para economias emergentes".
As ideias relacionadas aos riscos, expressas pelo Copom na ata agora divulgada, repetem o que havia sido publicado pela instituição no comunicado da semana passada, quando o colegiado cortou a Selic para 6,75% ao ano.
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