Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, sábado, 17 de maio de 2025.

Geral

- Publicada em 09 de Janeiro de 2018 às 22:23

Dilúvio não tem dragagem desde novembro de 2016

Em alguns trechos, os bancos de terra e lixo chegam quase a obstruir o canal

Em alguns trechos, os bancos de terra e lixo chegam quase a obstruir o canal


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patrícia Comunello
Quem olha para o arroio Dilúvio, canal que corta Porto Alegre de Leste a Sul para desaguar no Guaíba, percebe, há meses, o aumento acelerado de bancos de terra, muitos já recobertos de vegetação. Em alguns trechos, a areia recobre mais da metade do canal e quase obstrui a passagem da água. Além disso, lixo de todo tipo - de pneus a material plástico - brota na superfície. A paisagem, que, nos dias quentes de verão, fica ainda mais desolada devido ao baixo nível da água, é efeito de mais de um ano sem dragagem do canal. Com isso, o assoreamento foi tomando conta do veio, que não é dragado há mais de um ano.
Quem olha para o arroio Dilúvio, canal que corta Porto Alegre de Leste a Sul para desaguar no Guaíba, percebe, há meses, o aumento acelerado de bancos de terra, muitos já recobertos de vegetação. Em alguns trechos, a areia recobre mais da metade do canal e quase obstrui a passagem da água. Além disso, lixo de todo tipo - de pneus a material plástico - brota na superfície. A paisagem, que, nos dias quentes de verão, fica ainda mais desolada devido ao baixo nível da água, é efeito de mais de um ano sem dragagem do canal. Com isso, o assoreamento foi tomando conta do veio, que não é dragado há mais de um ano.
> VÍDEOS JC: Imagens expõem a situação do Dilúvio 
Quando chove muito, o dilúvio ameaça transbordar. "Não há risco de extravasar, pois a obra de engenharia do Dilúvio foi muito bem feita, mas há pontos críticos, com excessiva obstrução", adverte o professor doutor em Recursos
Hídricos e Engenharia Ambiental da Ufrgs Gino Roberto Gehling. Há pontos onde estão pontes de travessia da avenida Ipiranga em que os resíduos já obstruem 50% do espaço da água. "Se vier algum arbusto maior, vai vedar a passagem, e, aí sim, há risco em transbordar com chuva forte", aponta.
Gehling preocupa-se com o impacto do assoreamento para a vida que existe mesmo no ambiente poluído. "Logo vai aparecer cardumes de tilápias", cita o professor. "Resíduos, mesmo que de vegetais, lixo, pioram a capacidade de sobrevivência dos peixes."  
> Galeria de imagens de como está o arroio (Marcelo G. Ribeiro):
A última operação de remoção de materiais ocorreu em novembro de 2016. Em nota, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos admite que, "em situação ideal, seria necessária a repetição anual do serviço". Parte da condição atual também pode ter relação com o ritmo dos procedimentos de dragagem desde 2013. O volume retirado foi a cada ano menor. Foram 93,4 mil metros cúbicos em 2013; 42,7 mil, em 2014; 37,4 mil, em 2015; e 21,8 mil, em 2016. 
A assessoria da pasta informa que o contrato com a Brasmac, terceirizada que fazia o serviço, venceu em fevereiro de 2017 e foi encerrado. A empresa, segundo a assessoria, estava sob investigação devido a apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre "supostas práticas de irregularidades". Em pregão eletrônico, a Maraskin Projetos venceu e foi contratada em setembro, começando a prestar serviços em outubro. O valor do contrato por ano caiu de R$ 4,8 milhões para R$ 3,475 milhões.
Como o serviço não abrange apenas o arroio, o Dilúvio ficou na fila. Antes do canal, a Maraskin começou a desassorear a bacia do parque Marinha do Brasil, exigência de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público, e depois atuará na limpeza das áreas das bombas 5 e 6, na Vila Farrapos e no bairro Anchieta, sob o viaduto da BR-290, na saída da Capital. A dragagem do Dilúvio, com isso, está prevista para o primeiro trimestre, mas sem data. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, onde fica a Divisão de Manutenção de Águas Pluviais, diz que toda a semana são recolhidas oito toneladas de lixo do entorno do canal. A Ecobarreira, instalada pela empresa Safeweb próxima do encontro com o Guaíba, ajuda a reter o volume de resíduos gerados no descarte irregular. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário