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Eleições 2018

- Publicada em 01 de Outubro de 2017 às 17:12

Lula lidera em todos cenários, diz Datafolha

A questão para 2018 é se Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser candidato

A questão para 2018 é se Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser candidato


/HEULER ANDREY/AFP/JC
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial de 2018, segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, publicada ontem. Em diferentes cenários, o petista aparece com pelo menos 35% das intenções de voto, em vantagem significativa sobre o principal adversário.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial de 2018, segundo a última pesquisa do instituto Datafolha, publicada ontem. Em diferentes cenários, o petista aparece com pelo menos 35% das intenções de voto, em vantagem significativa sobre o principal adversário.
Pela primeira vez na série de pesquisas do Datafolha, Lula lidera também em todos os cenários de segundo turno. A exceção seria uma eventual disputa com o juiz Sérgio Moro - nesse caso, haveria empate técnico.
Na última pesquisa, há um cenário hipotético, com o juiz Sérgio Moro como candidato, em que se registra empate técnico no segundo turno. Mas Moro já afirmou que não será candidato a presidente.
Em julho, Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão, no caso em que este foi acusado de ter recebido um apartamento em Guarujá (SP) como parte de um pagamento de propina da empreiteira OAS.
Mesmo após a carta de desfiliação do PT de Antonio Palocci, na qual acusou Lula de "sucumbir ao pior da política", e da condenação do ex-presidente pelo juiz Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, o petista continua liderando a disputa presidencial.
Nos diferentes cenários testados pela pesquisa, o piso das intenções de voto em Lula é de 35%. Seus principais adversários até o momento são Jair Bolsonaro (PSC), variando de 16% a 17% das intenções de voto, e a ex-senadora Marina Silva (Rede), que oscila entre 13% e 14%.
No campo tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria, estão no mesmo patamar, com 8% das intenções de voto. Os dois disputam o direito de ser o candidato do PSDB em 2018, o que poderá levar Doria, caso derrotado, a sair do partido e concorrer por outra legenda.
A questão para 2018 é se Lula poderá ser candidato, já que é possível que se torne inelegível, caso sofra uma condenação de segunda instância no caso do triplex do Guarujá.
A pesquisa do Datafolha foi realizada nos dias 27 e 28 de setembro, com 2.772 entrevistas, em 194 municípios. A margem de erro da sondagem é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Lideranças de partidos disseram, neste domingo, que os resultados da pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial ajudam a entender o atual momento, mas que ainda esperam mudanças no quadro nos próximos meses.
 

João Doria avança em reduto de Alckmin no PSDB

Um ano após vencer a eleição para a prefeitura de São Paulo no primeiro turno, o tucano João Doria contraria o discurso do gestor não político para avançar no jogo partidário em busca de apoio do PSDB paulista, até então reduto exclusivo do governador Geraldo Alckmin, de olho em 2018. A estratégia inclui eleger o presidente do diretório municipal, obter maioria na executiva e chegar com força à convenção estadual. O movimento visa criar musculatura para uma possível prévia presidencial.
A ofensiva também passa por uma maior presença de Doria em redutos tradicionalmente dominados por aliados de Alckmin, como o interior paulista. Na semana passada, o prefeito esteve em Franca, onde se encontrou com lideranças políticas locais, almoçou com funcionários de uma empresa calçadista e discursou para uma plateia de 2 mil pessoas em evento corporativo. Agendas semelhantes já foram cumpridas em Barretos e Ribeirão Preto, onde o sinal de alerta da equipe do governador soou pela primeira vez durante a Agrishow, principal feira agrícola do País - que, neste ano, teve o prefeito paulistano como estrela.
A movimentação já é observada pelo Palácio dos Bandeirantes, onde aliados do governador Geraldo Alckmin classificam o avanço de Doria na máquina partidária como "agressivo". Se conseguir de fato ampliar sua participação no partido, Doria chegará mais forte à convenção nacional, em dezembro; e, consequentemente, para a disputa de uma possível prévia. 
Gontijo, no entanto, nega atuação para Doria. Diretamente interessado nessa batalha, o vice-prefeito da capital, Bruno Covas, diz não acreditar que um dos dois conseguirá o domínio do partido. "A história do PSDB mostra isso, o partido tem muitas lideranças em São Paulo para ser controlado por A, B ou C."
Covas é outra peça-chave no xadrez político de Doria. Conhecedor do estatuto e das normas internas que regem os diretórios, o vice-prefeito ainda tem a seu favor - e de Doria - a boa influência de seu sobrenome no litoral paulista, outro reduto do governador que em breve entrará na disputa. A região tem sido "blindada" pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, mas reúne um grupo considerável de lideranças ligadas a Covas, que é da cidade.
Interlocutores de Doria e de As convenções municipal e estadual já estão contaminadas, em uma mostra do que pode ser a prévia para indicação à corrida presidencial.