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- Publicada em 21 de Setembro de 2017 às 22:23

Reconhecimento facial e GPS em ônibus aumentarão tarifa em Porto Alegre

Reconhecimento facial e câmeras estão previstas na licitação de 2015 dos ônibus

Reconhecimento facial e câmeras estão previstas na licitação de 2015 dos ônibus


MARCO QUINTANA/JC
Isabella Sander
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, assinou, nesta quinta-feira, decreto definindo prazos e critérios para o início da implantação de GPS, reconhecimento facial e câmeras de segurança no transporte público da Capital. As tecnologias já estavam previstas na licitação do serviço, vigente desde 2015, mas nunca foram implantadas. O decreto também disciplina o uso de ar-condicionado - os que tiverem o equipamento terão que deixá-lo funcionando o ano inteiro.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, assinou, nesta quinta-feira, decreto definindo prazos e critérios para o início da implantação de GPS, reconhecimento facial e câmeras de segurança no transporte público da Capital. As tecnologias já estavam previstas na licitação do serviço, vigente desde 2015, mas nunca foram implantadas. O decreto também disciplina o uso de ar-condicionado - os que tiverem o equipamento terão que deixá-lo funcionando o ano inteiro.
A medida incidirá no valor da passagem do ano que vem, admite o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Marcelo Soletti. "Algum custo vai incidir na tarifa, mas certamente não será o valor total da implementação logo de início", afirma. O valor da implantação das tecnologias é estimado de R$ 3,5 milhões anuais, divididos entre todas as empresas e consórcios.
No texto do documento, Marchezan salienta que as receitas diversas referentes ao transporte público "devem ser revertidas para a modicidade tarifária". Essas receitas se referem, além do arrecadado na bilhetagem, ao montante obtido através de publicidade. "Estamos buscando maneiras de explorar melhor a publicidade nos veículos", diz Soletti. Em nível nacional, o diretor-presidente da EPTC torce para que seja aprovada a criação de uma nova contribuição, que pagaria parte do combustível do transporte público existente em todo o Brasil.
A prefeitura também está apostando que as melhorias evitarão fraudes e trarão de volta ao sistema passageiros que, hoje, pararam de andar de ônibus. Com isso, haverá mais pagantes no sistema, e a tarifa pode diminuir ou não aumentar. Em recentes testes com reconhecimento facial, a EPTC apontou de 8% a 18% de uso irregular de cartões de gratuidade, através, por exemplo, de empréstimo para terceiros. "Ao bloquearmos esses usuários, percebemos que eles não abandonam o serviço, e sim, automaticamente, se tornam passageiros pagantes", revela o diretor-presidente.
A empresa detectou, ainda, que há menos assaltos nos ônibus dotados de câmeras de vigilância. "Com mais segurança e sabendo quanto tempo o veículo vai demorar a chegar na parada, os investimentos se pagarão, porque as pessoas terão mais interesse em usar o transporte público", estima Soletti.
Nos próximos dias, as empresas que fazem o serviço de transporte público em Porto Alegre apresentarão um cronograma de implantação das tecnologias. Em 30 dias a contar da publicação do decreto, as concessionárias deverão iniciar a instalação de equipamentos de reconhecimento facial. Para o começo da colocação de GPS e câmeras de segurança, o prazo é de 60 dias.
Depois de instalados os GPS, será criado um aplicativo no celular no qual o usuário poderá monitorar a localização atual de cada ônibus e receber a informação da hora exata em que o veículo passará na parada. O prazo para iniciar essa etapa é 150 dias. Não há previsão de conclusão das implementações, pois dependerão da obtenção dos equipamentos necessários no mercado e de testes de uso.
Segundo Soletti, as empresas sabiam que teriam que implementar as tecnologias em algum momento. "Já conversamos e fizemos discussões técnicas com eles. Desde o início do ano, o prefeito diz que vai modernizar o serviço. O que está previsto na licitação será cumprido", garante. Procurada pela reportagem, a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), que representa as empresas dos ônibus da Capital, afirmou que só se pronunciará após a publicação do decreto, o que ocorrerá nesta sexta-feira.
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