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- Publicada em 12 de Abril de 2017 às 12:07

Operação Examinação investiga fraude milionária no IPE Saúde

Laboratório Esplanada, em Soledade, teve busca e apreensão por emitir exames que não foram feitos

Laboratório Esplanada, em Soledade, teve busca e apreensão por emitir exames que não foram feitos


Marjuliê Martini/MP-RS/Divulgação/JC
Operação desencadeada, na manhã desta quarta-feira (12), no interior gaúcho, aponta para fraude milionária contra o Instituto de Previdência do Estado (IPE) envolvendo o IPE-Saúde. O valor é de cerca de R$ 3 milhões. A Operação Examinação, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Núcleo Saúde do MP-RS, envolve estabelecimentos credenciados ao plano. Buscas foram feitas em três cidades para colher provas na investigação de lançamento de exames que não eram efetivamente realizados.
Operação desencadeada, na manhã desta quarta-feira (12), no interior gaúcho, aponta para fraude milionária contra o Instituto de Previdência do Estado (IPE) envolvendo o IPE-Saúde. O valor é de cerca de R$ 3 milhões. A Operação Examinação, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Núcleo Saúde do MP-RS, envolve estabelecimentos credenciados ao plano. Buscas foram feitas em três cidades para colher provas na investigação de lançamento de exames que não eram efetivamente realizados.
> Assista ao vídeo com imagens de como foi a ação em Soledade: 
O caso foi repassado pelo próprio IPE ao Gaeco. O instituto recebeu uma denúncia anônima. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Soledade, Ibirapuitã e Palmeira das Missões. O MP-RS diz que a estimativa é que sete pessoas estejam envolvidas na organização criminosa. 
No ano passado, o IPE informou ao Ministério Público que 17.666 exames teriam sido fraudados pelo Laboratório de Análises Clínicas Esplanada. Até a descoberta da irregularidade para a requisição de exames, não era necessário que o paciente apresentasse o cartão magnético do IPE, medida utilizada para facilitar o procedimento em casos de esquecimento da ‘carteirinha’ por parte do segurado. Assim, os atendentes solicitavam a senha do usuário, que ficava de posse do laboratório.
Com o acesso, o laboratório pedia exames em nome de pacientes sem requisição médica, todos pagos pelo IPE Saúde. O MP-RS projeta que o Esplanada tenha recebido indevidamente cerca de R$ 3 milhões entre 2012 e 2017. Depois da descoberta da fraude, o procedimento foi alterado e não é mais possível solicitar exames sem a inserção do cartão magnético no equipamento, informou o Gaeco Núcleo Saúde.
Um dos casos descobertos pelo IPE na investigação foi de uma beneficiária que estava internada em Porto Alegre, mas os exames haviam sido feitos em Soledade no mesmo período. Na apuração, descobriu-se ainda que foram pagos 827 exames em menos de 12 meses no cartão da paciente. Outro segurado teve, em sua conta, 1.247 exames em período semelhante, mais de 100 por mês. 
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