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Economia

- Publicada em 17 de Abril de 2017 às 22:00

Cresce número de ações em favor do polo naval

Fontana pede uma postura mais propositiva de Sartori sobre o tema

Fontana pede uma postura mais propositiva de Sartori sobre o tema


MARCO QUINTANA/MARCO QUINTANA/JC
Jefferson Klein
A cada dia, a possibilidade da retomada de encomendas da Petrobras aos estaleiros de Rio Grande e São José do Norte passa mais pela questão política do que econômica. Uma prova disso são as várias articulações paralelas que estão sendo adotadas para tentar viabilizar a manutenção da atividade do polo naval gaúcho.
A cada dia, a possibilidade da retomada de encomendas da Petrobras aos estaleiros de Rio Grande e São José do Norte passa mais pela questão política do que econômica. Uma prova disso são as várias articulações paralelas que estão sendo adotadas para tentar viabilizar a manutenção da atividade do polo naval gaúcho.
O agendamento de uma reunião com o presidente da República, Michel Temer, está sendo intermediada pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-MT). O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval, deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), conta com que esse encontro ocorra nas próximas semanas. A prefeitura de Rio Grande está organizando um ato para o dia 29 de abril. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua presença no evento.
> Assista ao vídeo em que Lula convoca para mobilização e "promete desfazer mentiras que 'eles' estão contando para justificar o desmonte do polo naval de Rio Grande".
Assim como foi criada neste mês a frente liderada por Fontana em Brasília, a Assembleia Legislativa, por iniciativa do deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT-RS), lança hoje a Frente Parlamentar em Defesa do Polo Naval de Rio Grande. Segundo Metalúrgico, a medida tem como objetivo mobilizar ações que não permitam o fechamento dos estaleiros gaúchos. "É urgente a retomada da construção de metade da P-71, que corre o risco de virar sucata", afirma o deputado.
A estimativa é de que a recuperação dos serviços na plataforma, cujas obras conduzidas no estaleiro da Ecovix foram interrompidas em dezembro, significaria a geração de 2,8 mil empregos. Fontana sustenta que é preciso que políticos, empresários e trabalhadores unam-se para pressionar Temer a manter as encomendas da Petrobras dentro do Brasil. O parlamentar reforça que é necessário que a bancada gaúcha de deputados esteja junta por essa causa, o que está sendo trabalhado.
Fontana gostaria de uma postura mais propositiva do governador José Ivo Sartori sobre o tema. "Espero que o governador, nas próximas semanas, entre com tudo nessa pauta", frisa. O deputado ressalta que o grande problema enfrentado pelo segmento naval é o abandono da política de conteúdo local por parte da Petrobras. Fontana questiona a declaração do presidente da estatal, Pedro Parente, que recentemente afirmou que a companhia não teria a obrigação de fazer política pública e precisa comprar onde for mais barato.
O parlamentar salienta que a Petrobras deve ser gerida com competência e buscar resultados, mas o acionista principal da companhia é o povo brasileiro e, por isso, a empresa precisa ter compromissos com o desenvolvimento da indústria nacional. Fontana destaca que a interrupção dos investimentos no setor naval pode afetar diversos campos da economia. Ele cita o exemplo do hotel do grupo Swan, que foi construído em São José do Norte, mas ainda não foi aberto. No pico de empregos criados pela indústria naval brasileira, em 2014, eram 83 mil postos diretos de trabalho gerados pelos estaleiros, sendo que desse total em torno de 21 mil estavam concentrados em Rio Grande e São José do Norte. Com o declínio das atividades, no País, hoje esse número caiu para algo em torno de 33,9 mil.
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