Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 10:18

Ecovix demite 3,2 mil trabalhadores do polo naval de Rio Grande

Assembleia dos trabalhadores demitidos pela Ecovix em Rio Grande

Assembleia dos trabalhadores demitidos pela Ecovix em Rio Grande


Sadi Machado/STIMMMERG/Divulgação/
Bruna Oliveira
"A quadrilha de Brasília está vendendo o País." Foi com esta frase que o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande (STIMMMERG), Sadi de Oliveira Machado, lamentou a demissão de 3,2 mil trabalhadores do polo naval de Rio Grande. A dispensa pegou todos de surpresa no começo da manhã desta segunda-feira (12) e causa comoção na cidade. Oliveira vincula as causas da crise no polo naval às investigações da Operação Lava Jato sobre corrupção na Petrobras, com envolvimento de políticos e integrantes do governo federal e empresas. 
"A quadrilha de Brasília está vendendo o País." Foi com esta frase que o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande (STIMMMERG), Sadi de Oliveira Machado, lamentou a demissão de 3,2 mil trabalhadores do polo naval de Rio Grande. A dispensa pegou todos de surpresa no começo da manhã desta segunda-feira (12) e causa comoção na cidade. Oliveira vincula as causas da crise no polo naval às investigações da Operação Lava Jato sobre corrupção na Petrobras, com envolvimento de políticos e integrantes do governo federal e empresas. 
Em meio a especulações de que a Engevix Construções Oceânicas (Ecovix) entraria com pedido de recuperação judicial, a empresa proprietária de um complexo de estaleiros em Rio Grande anunciou nesta segunda-feira (12) o processo de demissão em massa.
Os desligamentos foram confirmados pelo Sindicato. Machado lamentou o fechamento dos postos e afirmou que o cenário na cidade é o pior possível. "Não existe qualquer possibilidade de trabalho. O descaso do governo federal e o desmonte da Petrobras criaram essa situação. Estão vendendo o País".
Na quinta-feira, o casco da plataforma de petróleo P-68 deixou o Estaleiro Rio Grande, seguindo para o Estaleiro Jurong, em Aracruz (ES). Ao Jornal do Comércio, o presidente do Sindicato, Benito Gonçalves, chegou a afirmar que apesar da finalização do empreendimento, a maior preocupação era quanto à possibilidade da Ecovix entrar em processo de recuperação judicial e determinar a paralisação das operações em Rio Grande.
A Ecovix é um braço de construção naval da empreiteira Engevix, investigada na Lava Jato. Atualmente, cerca de 3,8 mil pessoas estavam trabalhando no polo naval de Rio Grande. A Ecovix estava discutindo com a Petrobras valores e aditivos de contratos para que o complexo não fosse fechado. 
Segundo o vice-presidente do STIMMMERG, benefícios aos trabalhadores estavam sendo negociados desde a semana passada. Machado afirmou que o sindicato conseguiu garantir quatro meses de vale refeição e plano de saúde até março aos trabalhadores. Outras ações devem ser tomadas pelo sindicato. "Vamos avaliar o que pode ser feito para reverter o caso. São mais de 3 mil pais e mães de família desempregados em pleno dezembro. É um sentimento de derrota", afirmou.
Ainda nesta segunda-feira, o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, se reúne com a equipe do governo municipal para tratar da situação da indústria naval no município. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO