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Política

- Publicada em 02 de Outubro de 2016 às 15:17

Tumulto marca votação de Dilma Rousseff em Porto Alegre

Silvana Conti se feriu durante o tumulto na escola da zona Sul

Silvana Conti se feriu durante o tumulto na escola da zona Sul


CASSIANA MARTINS/JC
Mauro Belo Schneider
Um tumulto marcou a votação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em Porto Alegre, por volta das 13h30min de ontem. Ao terem a passagem impedida para acompanhar a votação dentro da Escola Estadual Santos Dumont, imprensa, candidatos e apoiadores acabaram se confrontando com a Brigada Militar (BM), que montou um paredão no acesso.
Um tumulto marcou a votação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em Porto Alegre, por volta das 13h30min de ontem. Ao terem a passagem impedida para acompanhar a votação dentro da Escola Estadual Santos Dumont, imprensa, candidatos e apoiadores acabaram se confrontando com a Brigada Militar (BM), que montou um paredão no acesso.
Na confusão e empurra-empurra, a candidata a vice-prefeita de Porto Alegre na chapa de Raul Pont (PT), Silvana Conti (PCdoB), reagiu lançando uma cesta de flores contra a cabeça de um brigadiano. Na sequência, Silvana foi agredida com um chute que teria sido desferido por um dos policiais militares. Vidros da porta de entrada foram quebrados.
"Nós estávamos querendo acompanhar a presidente Dilma, porque o Raul e eu fizemos isso durante a manhã inteira. Nos acompanharam, e nós queríamos acompanhar a presidente. E aí a polícia nos empurrou, nos agrediu e me deu um chute na perna", contou Silvana.
A situação ocorreu após representantes da Justiça Eleitoral, com a ajuda da BM, não permitirem a entrada da imprensa, de candidatos, como o próprio Pont, e de apoiadores da ex-presidente. Depois, o petista conseguiu entrar.
A grande reclamação é que personalidades como o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o juiz Sérgio Moro e o presidente Michel Temer (PMDB) tiveram a companhia da imprensa na hora do voto. O escrivão da Zona Eleitoral 160, Luiz Carlos Braga, disse que a determinação verbal foi feita pelo juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva. A justificativa é que Dilma "seria uma pessoa normal", e por isso não teria a cobertura da mídia na área interna do local. "É um momento individual", dizia Braga. Nem mesmo Olívio Dutra ou Miguel Rosseto, companheiros de partido, puderam entrar na seção.
Para o vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Carlos Cini Marchionatti, a decisão do juiz foi "perfeitamente correta. Está dentro do poder de polícia do juiz de manter a situação pacificada no local". Ele considera como acertada a adoção de providência que permitiu a Dilma o voto e, em seguida, a continuidade da votação aos demais eleitores da seção.
Com a situação, Dilma teve de ir embora por uma porta lateral do colégio. "Acho antidemocrático. Acho um absurdo impedir a imprensa de chegar aqui", comentou a ex-presidente na saída da sala de votação, segurando um buquê de flores. "As mulheres sempre me dão flores. Quando eu estava no Alvorada, o governo interino proibiu as flores para mim", reclamou.
 Eleições 2016. Confusão no colégio eleitoral em que a ex-presidente Dilma Rousseff votou.
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