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Economia

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 10:31

Plano 2017-2021 da Petrobras traz corte de 25% nos investimentos

Novo plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil

Novo plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Estadão Conteúdo
A Petrobras anuncia seu plano de negócios 2017-2021, que traz como destaques das metas financeiras o corte de investimentos e redução do nível de endividamento, como já era esperado pelo mercado.
A Petrobras anuncia seu plano de negócios 2017-2021, que traz como destaques das metas financeiras o corte de investimentos e redução do nível de endividamento, como já era esperado pelo mercado.
A métrica financeira principal é de reduzir em 2018 a alavancagem para 2,5 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), na comparação com o indicador de 5,3 vezes anotado em 2015.
Nesta segunda-feira (19), o conselho de administração aprovou o documento, que só foi divulgado na manhã desta terça-feira. Antes disso, o presidente da companhia, Pedro Parente, havia antecipado que o plano teria dois pilares, o financeiro e o de segurança. Nesse quesito, a meta é reduzir em 36% a Taxa de Acidentados Registráveis por milhão de homens-hora, de 2,2 em 2015 para 1,4 em 2018.
O novo plano prevê corte nos investimentos totais de 25%, para US$ 74,1 bilhões ante US$ 98,4 bilhões da última revisão do plano 2015-2019, ocorrida em janeiro passado. O último plano, divulgado em junho de 2015, previa investimentos totais de US$ 130 bilhões, mas passou por revisões e então ficou 30% menor.
"A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase em águas profundas", diz o documento.
Na área de Exploração & Produção, a Petrobras investirá US$ 60,6 bilhões, sendo 76% para desenvolvimento de produção, 11% para exploração e 13% para suporte operacional. Já as áreas de refino e gás natural receberão investimentos de US$ 12,4 bilhões, metade para continuidade operacional dos ativos e metade para projetos relacionados ao escoamento da produção de óleo e gás.
A empresa explica ainda que essa redução do volume de investimento não terá grande impacto nas metas operacionais, e o plano também prevê a adoção de novas medidas para redução de custos. "Dentre essas ações destaca-se a implantação de novas ferramentas de gestão, como o Orçamento Base Zero (OBZ), a gestão diferenciada de contratos e de pessoal". A meta é reduzir em 18% os gastos operacionais gerenciáveis na comparação com valor estimado caso nenhuma iniciativa fosse implementada.

Petrobras prevê US$ 19,5 bilhões de parcerias

A Petrobras conta com US$ 19,5 bilhões de ganhos com a venda de ativos e parcerias nos anos de 2017 e 2018. A meta é inferior à que havia sido estipulada pelo ex-presidente da empresa Aldemir Bendine, que contava, no mesmo período, com US$ 42,6 bilhões vindos da reestruturação dos negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos. Já o plano para 2015-2016 era de US$ 15,1 bilhões.
Entre os negócios dos quais a Petrobras pretende se desfazer, os destaques são as participações acionárias em empresas petroquímicas e os ativos de produção de biocombustíveis, de fertilizantes e de distribuição de GLP. Nestes casos, a intenção é abandonar "integralmente" as atividades.
Além disso, a empresa quer reduzir os riscos de sua atuação com a formação de parcerias, inclusive no refino de petróleo para a produção de combustíveis. Os ativos de energia serão reestruturados, com a consolidação dos "ativos termelétricos e demais negócios desse segmento, buscando a alternativa que maximize o valor para a empresa", segundo o plano de negócios divulgado na manhã desta terça-feira, 20.
Na área de gás natural, a intenção é alinhar a atuação à evolução regulatória, "garantindo a monetização da produção própria e adequando a participação na cadeia de gás natural como combustível de transição para o longo prazo".

Petrobras estima em barril do petróleo a US$ 48 em 2017

A Petrobras utiliza como premissa no seu plano de negócios e gestão 2017-2021 preços "competitivos" para os derivados no Brasil e crescimento do mercado interno de derivados em 5,2% no período.
A companhia considera como preço médio do petróleo Brent (ano base 2016) US$ 48 o barril (bbl) para 2017, e taxa média de câmbio de R$ 3,55. Já para 2018, o barril seria de US$ 56 e o câmbio, R$ 3,71. Em 2019, os valores previstos são de US$ 68 e R$ 3,72, respectivamente, continuando para US$ 71 tanto em 2020 quanto 2021, e o câmbio em R$ 3,74 em 2020 e R$ 3,78 em 2021.
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