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Política

- Publicada em 16 de Março de 2016 às 17:06

Dilma disse que Lula fortalecerá o governo e o tratou como 'hábil articulador'

Entrevista da presidenta Dilma Rousseff sobre nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil

Entrevista da presidenta Dilma Rousseff sobre nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil


Wilson Dias/Agência Brasil/JC
"É um hábil articulador." A definição foi dada pela presidente Dilma Rousseff, na tarde desta quarta-feira (16), sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o primeiro pronunciamento da presidente após o Palácio do Planalto confirmar a ida de Lula para a chefia da Casa Civil, no lugar de Jacques Wagner.
"É um hábil articulador." A definição foi dada pela presidente Dilma Rousseff, na tarde desta quarta-feira (16), sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o primeiro pronunciamento da presidente após o Palácio do Planalto confirmar a ida de Lula para a chefia da Casa Civil, no lugar de Jacques Wagner.
"Estou muito feliz com a vinda do Lula", disse a chefe do Governo Federal. Dilma sustentou ainda que o ingresso do ex-presidente vai "fortalecer seu governo". "Tem gente que não quer que seja fortalecido. Vamos olhar a retomada do crescimento", focou ela.
Dilma reagiu aos risos quando jornalistas questionaram sobre comentários nas "redes sociais" de que Lula exerceria o poder no governo. "Tem seis anos que tentam me separar do Lula. Minha relação com ele não é de poder e superpoder. Temos uma sólida relação de quem constrói um projeto junto", respondeu a presidente. "Lula terá os poderes necessários para nos ajudar e o Brasil."
Sobre a escolha e decisão do ex-presidente, Dilma admitiu que Lula teve dúvidas, devido ao "confronto com a oposição", mas garantiu que a situação foi integralmente superada. Segundo ela, a decisão foi tomada na noite dessa terça-feira (15), com resolução de últimas questões nesta quarta-feira. 
Sobre as razões do convite, Dilma atribuiu a dois motivos: "ele tem inequívoca experiência política; e a segunda razão, é que trabalhei com ele por seis anos". Dilma foi ministra em quase toda a duração dos dois mandatos do petista (2003-2010). Além disso, a chefe do Governo destacou que Lula (tratado como 'presidente') "tem conhecimento das necessidades do País e compromisso com políticas estratégicas".
Sobre eventual mudança na condução das áreas econômicas do governo, Dilma descartou a alteração no Ministério da Fazenda e Banco Central (BC). "Isso cria turbulência especulativa. Não há qualquer possibilidade do ministro Barbosa (Nelson Barbosa, Fazenda) ou Tombini (Alexandre Tombini, presidente do BC) saírem. Estão dentro."
Ela também refutou eventual afrouxamento na política fiscal. "O presidente Lula tem trajetória muito expressiva de compromisso com a estabilidade fiscal e controle da inflação, isso não é apenas retórica." Ela afastou o uso de reservas cambiais, medida que tem sido especulada e defendida por setores do próprio PT. 
"Construímos as reservas a duras penas. Sabemos do esforço e papel que desempenham na proteção do Brasil em relação a flutuações externas. Jamais teremos na pauta o uso das reservas para algo que não seja essa proteção", garantiu Dilma, que atribuiu a especuladores "que querem lucrar" a informação de que o governo poderia reduzir a fonte de dólares. "Continuamos firmes sobre as reservas." 
Dilma disse ainda que não tinha razão para não ter mais confiança no ministro da Educação, Aloysio Mercadante, que teve conversa gravada com assessor do senador Delcídio do Amaral, o que gerou mal-estar no governo. Mercadante ofereceu ajuda ao senador, preso no âmbito da Operação Lava Jato.
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