Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 02 de Março de 2016 às 22:19

Bloco de Luta fará ato em reunião do Comtu sobre reajuste de passagem

 Bloco de Lutas organiza o segundo protesto contra o aumento da passagem. O valor de R$ 3,75 começou a vigorar hoje, o que fomentou a concentração de manifestantes nas imediações da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.     Protesto, manifestação, transporte coletivo público, ônibus.

Bloco de Lutas organiza o segundo protesto contra o aumento da passagem. O valor de R$ 3,75 começou a vigorar hoje, o que fomentou a concentração de manifestantes nas imediações da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Protesto, manifestação, transporte coletivo público, ônibus.


JOÃO MATTOS/JC
Tudo indica que a tensão vai dominar a reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) de Porto Alegre, que começa às 11h desta quinta-feira, no auditório da sede da EPTC (rua João Neves da Fontoura, próximo à avenida Ipiranga, no bairro Azenha). Mais ainda no lado de fora. Movimentos que integram o Bloco de Luta se concentrarão, a partir das 9h, em diversos locais nas proximidades (um deles será o Colégio Estadual Julio de Castilhos, o Julinho), e depois caminharão para o destino: a área em frente ao local da reunião. 
Tudo indica que a tensão vai dominar a reunião do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) de Porto Alegre, que começa às 11h desta quinta-feira, no auditório da sede da EPTC (rua João Neves da Fontoura, próximo à avenida Ipiranga, no bairro Azenha). Mais ainda no lado de fora. Movimentos que integram o Bloco de Luta se concentrarão, a partir das 9h, em diversos locais nas proximidades (um deles será o Colégio Estadual Julio de Castilhos, o Julinho), e depois caminharão para o destino: a área em frente ao local da reunião. 
Além disso, duas empresas que venceram a licitação em 2015 prometem notificar nesta quinta-feira (3) o município por quebra de contrato, devido à decisão judicial que reduziu o valor da passagem dos coletivos, que havia subido a R$ 3,75 e voltou a R$ 3,25. 
O diretor-presidente da empresa pública, Vanderlei Cappellari, sabe da mobilização e informou, na noite desta quarta-feira (2), que pediu reforço do policiamento da Brigada Militar (BM) na região. "Falei com o comandante do Policiamento da Capital na tarde de hoje (quarta-feira,2). O objetivo é dar segurança aos conselheiros para que tenham a condição necessária e façam a reunião normalmente", justificou Cappellari. "Vamos monitorar a situação, com a BM e Guarda Municipal. Se tiver acúmulo de pessoas, vai ter bloqueio na rua", previne o diretor-presidente. 
"Será um absurdo se nos impedirem de chegar perto. Não vamos aceitar. Se fizerem isso, terão de se justificar com a população", reage Lorena Castillo, integrante do Batalha da Várzea, Coletivo Resistência Popular, que faz parte do Bloco de Luta. O movimento terá outro adversário, neste caso que pode atrapalhar a meta de reunir um grande número de manifestantes. O horário da manhã impede que muitos que trabalham ou estudam possam comparecer, observou Lorena. Informação de que poderia ocorrer invasão do local foi negada. "Não houve deliberação sobre alguma medida neste sentido", disse a integrante do Batalha da Várzea.
Estima-se em quase 2 mil componentes no Bloco de Luta ligados a diversos grupos. O Jornal do Comércio acompanhou o ato da última segunda-feira e listou pelo menos sete organizações. Entre elas estão, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, a Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Vamos à Luta, ALE - Organização AMarighella, Alicerce e Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico. Além do transporte, os grupos atuam em temas como moradia, direitos das mulheres, ocupação urbana e movimentos estudantis.
Assembleia na terça-feira (1) do Bloco de Luta, no Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs, organizou a mobilização. Criar um evento no Facebook é a principal forma de convidar eventuais participantes. A mobilização foi chamada de 4o ato contra o aumento da passagem. Até a noite desta quarta-feira (2), quase 300 haviam clicado indicando interesse em comparecer. O que não é garantia de presença, há sempre uma quebra de expectativa. Mas a proximidade das organizações envolvidas com estudantes secundaristas e sindicatos de trabalhadores pode compensar a baixa adesão pelo meio virtual.
Os três atos na temporada 2016 de protestos do Bloco ocorreram nas duas últimas semanas, antes do anúncio do reajuste, depois do primeiro dia de vigência dos novos valores (o maior, com 3 mil pessoas, dia 22) e o terceiro na segunda-feira (29), que teve público reduzido, cerca de 300 pessoas. "A suspensão do aumento acabou desmobilizando um pouco", admite Lorena Castillo, do Batalha da Várzea/Coletivo Resistência Popular, um dos grupos que compõem o Bloco. 
Lorena diz que, nesta quinta-feira (3), a intenção é fazer pressão para sensibilizar o Comtu e alertar a população para a possibilidade de ser reduzido o nível do reajuste. "Achamos que a estratégia de chamar o conselho pode ser para descartar o aumento de R$ 0,50 e baixar a R$ 0,15 ou R$ 0,20. Aí ai a população vai achar que foram bonzinhos (Comtu e EPTC)", opina a integrante do Batalha da Várzea. "Nossa mobilização vai além de alguns centavos."
Crédito: JOÃO MATTOS/JC
  • Priscila Voigt, Unidade Popular pelo Socialismo (UP)
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Paula Alves, Vamos à Luta
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Nana Sanches, coordenadora do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas)
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Lorena Castillo, Batalha da Várzea - Coletivo Resistência Popular
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Karen Moraes, Alicerce
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Fernando Fontoura, diretor da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e membro do ALE (Organização AMarighella)
  • Crédito: Reprodução/JC
  • Carlos Henrique Vieira, tesoureiro da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico
  • Crédito: Reprodução/JC

     

    A hora do conselho

    A sessão que analisará o recente aumento da passagem de ônibus (R$ 3,25 a R$ 3,75, reajuste que vigorou de 22 a 24 de fevereiro, quando foi suspenso pela Justiça) foi convocada pela EPTC. Cappellari informou que, no dia seguinte à suspensão do aumento, marcou a reunião e convocou os integrantes. Com isso, diz ele, cumpriria-se o prazo de sete dias para dar legalidade ao evento. O deputado estadual do P-Sol Pedro Ruas opina que o encontro não tem validade, pois não atende ao prazo. Ruas é um dos autores da ação que obteve liminar para suspender o aumento.
    O diretor-presidente disse ainda que foi preparada e entregue uma pasta para cada membro com informações sobre o processo da licitação de 2015, o edital sobre a tarifa e como foi a decisão sobre o primeiro aumento com o novo sistema em vigor. Cappellari voltou a dizer que o conselho não votará sobre o reajuste.
    "Nosso representante vai pedir uma avaliação se foi cumprido o edital, isso não é necessariamente se posicionar", avisou. "Os conselheiros não podem propor outra tarifa, não têm autonomia para isso." Caso algum integrante do órgão discordar da aplicação do edital, o dirigente afirmou que a pessoa terá de demonstrar o que não está correto. "Ele está ali para fiscalizar."
    Conteúdo Publicitário
    Leia também
    Comentários CORRIGIR TEXTO