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22 de Outubro de 2015 às 08:54
RELIGIÃO
GE
Casal diz que iniciativas semelhantes ainda são muito tímidas no Brasil
Jogos educativos para catequese viram startup
Casal diz que iniciativas semelhantes ainda são muito tímidas no Brasil
Evangelizar além dos limites da catequese foi a proposta de Caroline Sales, 33 anos, quando incorporou jogos ao ensino de Religião a crianças. O que ela não imaginava era que o material pedagógico viraria uma empresa. Desde fevereiro, a estudante de Teologia e o marido, Afonso Sales, 37, dedicam-se à Efraim Jogos Católicos.
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Evangelizar além dos limites da catequese foi a proposta de Caroline Sales, 33 anos, quando incorporou jogos ao ensino de Religião a crianças. O que ela não imaginava era que o material pedagógico viraria uma empresa. Desde fevereiro, a estudante de Teologia e o marido, Afonso Sales, 37, dedicam-se à Efraim Jogos Católicos.
O sucesso do projeto foi tão grande que a iniciativa do casal ficou entre as finalistas da competição Startup Garagem, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), em setembro deste ano. Atualmente, a Efraim já possui 10 projetos de jogos com temáticas católicas a serem desenvolvidos e aguarda seu lançamento oficial em dezembro.
Caroline é catequista em Porto Alegre e prepara crianças para a Primeira Eucaristia. Como ela define, seus jogos "são 100% pedagógicos e 100% católicos". Embora com temática religiosa, a Efraim está aberta para todos os públicos.
Buscando trazer um atrativo às lições, ela criou um jogo para que o conteúdo ficasse leve e facilitasse o aprendizado. Esse primeiro tinha como tema central a história de Maria, mãe de Jesus. Hoje, são tabuleiros, cartas e peças comuns presentes nos modelos tradicionais.
"Duas horas ensinando religião precisava ser algo divertido, não tive a pretensão de criar uma empresa." Após a repercussão da foto nas redes sociais de um tabuleiro artesanal confeccionado por ela, a catequista percebeu que o produto poderia ser lucrativo. "Foi apenas quando as pessoas ficaram interessadas no tabuleiro que eu percebi que a brincadeira poderia dar dinheiro", conta. Com vontade de investir na empresa, Caroline e Afonso começaram a correr atrás de informações para concretizar o plano. "Eu tinha o jogo dentro da minha cabeça. As regras eram minhas e precisava deixar tudo certinho para as pessoas compreenderem também", explica Caroline.
O casal fez uma extensa pesquisa para avaliar a probabilidade da Efraim dar certo. Eles percorreram casas de jogos, além de vasculhar a internet e lojas religiosas em busca de referências. Segundo eles, as iniciativas envolvendo jogos e religião são tímidas e quase inexistentes. "Não encontramos nada parecido por aqui. No Brasil, somos pioneiros", conta Afonso.
A comercialização, inicialmente, se dará em paróquias. No futuro, pretendem expandir os locais de venda.